ENFERMAGEM

FONTE MINISTERIO DA SAUDE

quarta-feira, 9 de março de 2011

Vesícula Biliar




A vesícula biliar é um órgão pequeno localizado debaixo do fígado que tem forma de pêra. Armazena a bílis, um líquido amarelo-esverdeado produzido pelo fígado, até que o aparelho digestivo dele necessite. A bílis é composta de sais biliares, electrólitos, pigmentos biliares como a bilirrubina, colesterol e outras gorduras (lípidos). A bílis é utilizada pelo organismo para que o colesterol, as gorduras e as vitaminas dos alimentos gordos sejam mais solúveis e, desse modo, possam ser melhor absorvidas

Vecícula Biliar
O que são cálculos (pedras) da vesícula biliar?
Por que se formam?
A bile tem três componentes básicos : bilirrubina, sais biliares e colesterol. A bilirrubina é um pigmento derivado da destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, efetuada no baço. Através da circulação, é levada para o fígado que a elimina pelos canais biliares; ela dá cor à bile. O fígado produz os sais biliares que são importantes no processo de digestão dos alimentos , especialmente das gorduras. O colesterol é eliminado pelo fígado, através da bile. Há um equilibrio físico-químico entre essas três substâncias que mantêm a bile em estado líquido. A perda deste equilíbrio provoca precipitação de seus componentes, dando origem aos cálculos (pedras).

Quais são as conseqüências da formação dos cálculos?

Os cálculos (pedras) biliares podem permanecer silenciosos durante anos ou se manifestarem a qualquer momento. Quando um cálculo da vesícla biliar se movimenta e obstrui o ducto cístico, seu cretal de drenagem para o ducto hepático, provoca contração da parede da vesícula que se traduz por dor em cólica. É a chamada cólica biliar. Quando o cálculo se encrava no ducto cístico, impedindo a passagem de bile, esta é retida na vesícula e desencadeia um processo inflamatório e infeccioso agudo que se chama colecistite aguda.
A colecistite aguda pode regredir ou não. Quando for persistente, vai se comportar como um abscesso local. Pode romper, ficando bloqueada sob o fígado ou romper para dentro do abdômen provocando peritonite aguda. Quando um cálculo sai da vesícula biliar e progride para cretal hepático obstruindo esse cretal, a bile não passa para o intestino e reflui através das células hepáticas para a corrente circulatória. A bilirrubina refluída para o sangue provoca uma cor amarelada típica de pele chamada de icterícia. Essa bile retida pode infectar, provocando doença grave designada colangite aguda.
Como devem ser tratados os cálculos de vesícula biliar?
A doença da vesícula biliar é de tratamento cirúrgico. A vesícula é o órgão doente e a fonte produtora dos cálculos e se não for retirada continuará a produzí-los com um grande potencial de complicações.
A remoção da vesícula biliar chama-se Colecistectomia Convencional e a técnica Videolaparoscopia.
Na Convencional é realizada uma incisão de aproximadamente 20 cm logo abaixo do gradeado costal no lado direito do abdômen e após a abertura de todas as camadas musculares o cirurgião identifica e retira o órgão. Tem como principal incoveniente a dor.
Felizmente no final dos anos 80 uma nova técnica foi desenvolvida. Trata-se da Cirurgia por Videolaparoscopia, uma técnica em que o cirurgião realiza 4 pequenas incisões (que variam de 0,5 a 1,0 cm).
Através delas introduz os instrumentos cirúrgicos e uma câmera de TV que amplia a imagem em 20 vezes. A internação é de 24 horas e após uma semana o paciente está apto a exercer suas atividades normais. Como as incisões são mínimas e a agressão cirúrgica muito menor a dor no pós operatório é infinitamente menor quando comparada à convencional, fazendo com que o paciente tenha condições de retornar ao trabalho e as atividades físicas muito mais rapidamente.
A vesícula é fundamental para o organismo?
Não. Quando a vesícula biliar deixa de funcionar por doença ou é extraída cirurgicamente, os canais biliares intra e extra-hepáticos dilatam para conter mais bile. Sem a vesícula, embora menor, a qualidade de bile é suficiente para desempenhar sua função digestiva.



TERMOS MAIS COMUNS – SINTOMAS
O QUE É BILE?
É uma substância líquida produzida pelo fígado, à base de colesterol, cuja função é auxiliar na digestão de gorduras. Aproximadamente 500 a 1000 ml de bile são produzidos diariamente pelo organismo. Boa parte é concentrada (desidratada na vesícula biliar) antes de atingir o intestino delgado.

O QUE É ICTERÍCIA?
É a coloração amarelada da pele e das mucosas (característica dos pacientes com hepatite ou obstrução no trajeto da bile), fazendo com que haja acúmulo na circulação de componentes da bile. A bilirrubina total costuma estar acima de 2 mg% nos exames laboratoriais para que o paciente apresente icterícia.

O QUE É COLÚRIA?
É o escurecimento da urina, que fica rica em derivados das bilirrubinas. Costuma ocorrer junto com a icterícia.

O QUE É ACOLIA?
É o clareamento das fezes, que ocorre em conseqüência da obstrução do trajeto biliar para o intestino delgado.

CÁLCULO DE VESÍCULA (PEDRA NA VESÍCULA)
É uma doença muito comum na população adulta. Aproximadamente 10% das pessoas acima de 20 anos são portadoras de cálculos na vesícula biliar no mundo ocidental.
Alguns fatores contribuem para isso. Sexo feminino (cerca de 8 vezes mais comum), idade (acima da 5ª década de vida), fatores genéticos (maior chance nas pessoas com história familiar), fator hormonal (uso de anticoncepcionais orais, uso de hormônios, gravidez), portadores de diabete, portadores de hiperlipidemia, cirrose hepática, anemias (hemolítica, falciforme), etc...
O paciente pode ser assintomático (não ter sintomas), ter apenas dispepsia, ou ter dores intensas (cólica biliar) acompanhadas de vômitos. Usualmente, quando as cólicas ocorrem, o cálculo já está impactado na saída da vesícula biliar, impedindo a saída da bile.
Independentemente de ter ou não sintomas, os pacientes portadores desta entidade clínica têm 30% de chance de virem a fazer uma inflamação aguda deste órgão (o que o levaria a cirurgia de urgência na maioria das vezes).
Em 10% dos casos um ou mais cálculos podem sair da vesícula biliar, migrar para o ducto colédoco e ficar aí empacado, causando total obstrução do trajeto da bile. Isto traz como conseqüência, icterícia, colangite (infecção das vias biliares) ou pancreatite aguda.
O diagnóstico é confirmado na maioria das vezes por ecografia abdominal.
O tratamento é cirúrgico (colecistectomia).

COLEDOCOLITÍASE (CÁLCULO NA VIA BILIAR PRINCIPAL)
É comumente uma complicação dos cálculos de vesícula biliar que saem da vesícula e ficam presos no ducto colédoco (ver anatomia).
Esta situação leva o paciente a um quadro de icterícia, colúria e acolia; muitas vezes confundindo o diagnóstico com doenças como hepatites.
O tratamento atual deste tipo de lesão deve ser feito por endoscopia, através de um procedimento chamado colangiografia endoscópica retrógrada com papilotomia. Todavia o paciente deve ser submetido à colecistectomia após o procedimento endoscópio para tratar convenientemente a causa do problema (pedras na vesícula biliar).
Fonte: www.gastrosul.com.br



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