ENFERMAGEM

FONTE MINISTERIO DA SAUDE

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pré-eclampsia e eclampsia



O que é?

Pré-eclampsia (também conhecida por Toxemia e, quando o quadro é acrescido de convulsão e coma constitui-se a eclampsia), é caracterizada por hipertensão (alta pressão arterial), edema (retenção de líquidos) e proteinúria (presença de proteína na urina). Manifesta-se na segunda metade da gravidez (após a 20ª semana de gestação) e pode evoluir para convulsão e coma, mas essas condições melhoram com a saída do feto e da placenta.
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No meio médico, o termo usado é MHEG – Moléstia Hipertensiva Específica da Gravidez. O termo toxemia, apesar de consagrado, não é tão fiel, pois nunca se demonstrou a existência de uma toxina que levasse a esta moléstia.
A pré-eclampsia pode ser leve ou severa (grave). A pré-eclampsia pode restringir severamente a circulação sanguínea para a placenta, o bebê pode ser perigosamente afetado. Se não tratada, a pré-eclampsia pode se desenvolver em uma eclampsia, o que pode ser ainda mais perigoso tanto para a mãe quanto para o bebê.

A retenção de líquidos ocorre porque a toxemia tem menor capacidade de excretar sódio e portanto, o retém, mesmo sob dietas hipossódicas.

Os recém-nascidos de mulheres pré-eclâmpsicas têm 4 a 5 vezes mais probabilidades de ter problemas pouco depois do parto do que os de mulheres que não sofram dessa doença. Os recém-nascidos podem ser pequenos porque a placenta funciona mal ou porque são prematuros.
Qual é a causa?
Não se conhece a causa.

Quais os riscos de desenvolver tal quadro?
A pré-eclampsia verifica-se em 5 % das mulheres grávidas. É mais frequente nas primeiras gravidezes e nas mulheres que já têm a tensão arterial elevada ou que sofrem de um problema nos vasos sanguíneos. A eclampsia surge em 1 de cada 200 mulheres que têm pré-eclampsia e, em geral, é mortal, a menos que seja tratada com rapidez. No entanto, desconhecem-se as causas da pré-eclampsia e da eclampsia. O risco mais importante da pré-eclampsia é o desprendimento prematuro da placenta da parede uterina.
Na pré-eclampsia, a tensão arterial é superior a 140/90 mmHg, aparecem edemas (no rosto, pernas ou nas mãos e são detectados valores anormalmente elevados de proteínas na urina. Também se considera que tem pré-eclampsia uma mulher cuja tensão arterial aumenta consideravelmente, mas mantém-se abaixo dos 140/90 mmHg durante a gravidez.
A ocorrência também fica mais restrita à primeira gravidez e, embora a gestante possa desenvolver a pré-eclampsia mesmo que nunca tenha tido problemas de hipertensão antes, ela está em maior risco se já tiver problemas de pressão alta antes da gravidez ou se há casos na família.
Como se faz o diagnóstico?
pressão 2


Através da pressão arterial diastólica (mínima) igual ou superior a 90 mmHg ou o aumento da pressão arterial acima de 15 mmHg do valor medido antes de 20 semanas de gestação.
Quando a hipertensão na gravidez estiver associada a perda de proteínas pela urina (proteinúria), teremos um quadro chamado PRÉ -ECLAMPSIA ou TOXEMIA GRAVÍDICA.
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Como prevenir?
A pré-eclampsia é relativamente rara e embora não haja exatamente como se prevenir, o que pode-se fazer é assegurar bons cuidados pré-natais, visando detectar o problema ainda nos primeiros estágios, podendo assim realizar o tratamento preventivo à eclampsia. São utilizados testes de urina (veremos mais adiante) e acompanhamento da pressão arterial ao longo da gravidez visando detectar problemas arteriais.
Como tratar?

Ao contrário da tensão arterial elevada (hipertensão), a pré-eclampsia e a eclampsia não respondem aos diuréticos (fármacos que eliminam o excesso de líquido) nem às dietas de baixo teor em sal. Aconselha-se a mulher a que consuma uma quantidade normal de sal e que beba mais água. O repouso na cama é importante. Em geral, também é aconselhada a virar-se sobre o lado esquerdo, visto que assim é exercida menor pressão sobre a grande veia do abdômen (veia cava inferior), que devolve o sangue ao coração, e melhora o fluxo sanguíneo.Em certos casos, pode ser administrado sulfato de magnésio por via endovenosa para fazer descer a tensão arterial e evitar as convulsões.
Em caso de pré-eclampsia ligeira, acamamento pode ser suficiente, mas a mulher deverá consultar o seu médico de 2 em 2 dias. Se não melhorar com rapidez, deve ser hospitalizada e, se o problema continuar, o parto deve ser provocado quanto antes.
Uma mulher que sofra de pré-eclampsia grave deve ser hospitalizada e permanecer na cama. O fato de administrar líquidos e sulfato de magnésio por via endovenosa muitas vezes alivia os sintomas. Em 4 a 6 horas a tensão arterial costuma baixar até atingir valores normais e pode-se proceder ao parto sem correr nenhum risco. Se a tensão arterial continuar alta, são administrados mais fármacos antes de se tentar provocar o parto.
Uma importante complicação da pré-eclampsia e da eclampsia graves é a síndrome HELLP, que consiste no seguinte:

  • Hemólise (destruição de glóbulos vermelhos);
  • Aumento dos enzimas hepáticos (liver), que indicam lesão hepática;
  • Baixa (low, em inglês) contagem de plaquetas, o que indica uma deficiente capacidade de coagulação do sangue (um problema potencialmente grave durante e depois do parto).
A síndrome HELLP é mais provável que apareça quando se atrasa a instituição do tratamento da pré-eclampsia. Se surgir a síndrome, deve-se fazer uma cesariana, o método disponível mais rápido, a não ser que o colo uterino esteja suficientemente dilatado para permitir um rápido nascimento pela vagina.
Depois do nascimento, controla-se exaustivamente a mulher para detectar sinais de eclampsia. Uma quarta parte dos casos de eclampsia acontece depois do parto, em geral nos primeiros 2 a 4 dias. À medida que o estado da mulher melhora de forma gradual, é incentivada a caminhar um pouco. Mesmo assim, pode ser-lhe administrado um sedativo suave para controlar a tensão arterial. A hospitalização pode durar de poucos dias a algumas semanas, conforme a gravidade da doença e suas complicações. Mesmo depois de ter sido dada alta, é possível que a mulher tenha que tomar medicamentos para reduzir a tensão arterial. Em geral, deve consultar o médico, pelos menos de 2 em 2 semanas durante os primeiros meses depois do parto. A sua tensão arterial pode, no entanto, manter-se elevada durante 6 a 8 semanas, mas, caso mantenha-se alta durante mais tempo, talvez a sua causa se deva a outro problema e não à pré-eclampsia
Quanto ao recém-nascido, encontram-se altos índices de prematuridade (80%), muitas vezes motivada pela própria antecipação do parto, e em 30% dos casos eles são pequenos para idade gestacional

Fatores de risco para mulher apresentar pré-eclâmpsia:
  • primeira gravidez
  • história de familiares com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia
  • ter apresentado pré-eclâmpsia em gestação anterior
  • ser a gestação gemelar
  • ter hipertensão arterial crônica, nefropatia, lupus ou diabetes
  • gestação com parceiro diferente
Como se trata?
No manejo destas pacientes leva-se em consideração a idade gestacional (tempo de gestação) e a gravidade da pré-eclâmpsia (leve, grave ou eclâmpsia) para que se escolha a conduta mais adequada. O tratamento definitivo é a interrupção da gestação, entretanto algumas vezes é possível aguardarmos o amadurecimento do feto para realizar o parto.
Pré-eclâmpsia leve com feto a termo:
  • interrupção da gestação e indução do parto, se possível
  • Pré-eclâmpsia leve com feto prematuro:
  • repouso, controle de pressão arterial, avaliação fetal e exames seriados visando identificação da piora do quadro
  • Pré-eclâmpsia grave com feto a termo:
  • equilibrar condições maternas, se necessário e após interromper a gestação
  • Pré-eclâmpsia grave com feto prematuro:
  • avaliação materna e do bem estar fetal seriada, uso de corticosteróides para ajudar o amadurecimento do pulmão fetal e interromper a gestação
  • Eclâmpsia com feto a termo ou pré-termo:
  • A conduta na eclâmpsia visa inicialmente tratar as convulsões e os distúrbios metabólicos maternos e logo após a gestação deve ser interrompida.
Quadro Clínico- Sintomas
  • Pré-eclampsia leve — A mulher com pré-eclampsia leve pode não ter nenhum sintoma, ou pode ter só um leve inchaço das mãos ou dos pés. Entretanto, muitas mulheres grávidas têm algum grau de inchaço sem que isso indique pré-eclampsia.
  • Pré-eclampsia Grave — Os sintomas podem incluir:
  • Dor de cabeça,
  • Alterações Visuais,
  • Náuseas, vômitos e dor abdominal, normalmente acima do umbigo,
  • Falta de ar,
  • Dor pélvica,
  • Sangramento vaginal,
  • Hematúria (presença de sangue na urina).
  • Eclampsia — A eclampsia causa ataques epiléticos que se caracterizam por perda de consciência (desmaios) com contrações sem controle dos braços e das pernas; com ou sem liberação de urina ou fezes.


fonte:diariodetreinante.com.br/site/2009/09/12/


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